5 de jan. de 2013

A vida é uma série de momentos


Tessa, a protagonista de “Now Is Good”, é uma adolescente que após passar anos se tratando do seu câncer simplesmente desiste. Desiste e fim. Consciente de que uma hora ou outra irá morrer, ela prefere simplesmente viver o resto de sua vida. E com viver ela não se refere a ficar deitada no sofá da sala com um coberto, mas viver mesmo. Ela tem uma lista de coisas que quer fazer, coisas que variam de se apaixonar e ter sua primeira relação sexual, até roubar coisas numa loja. E ela está apta a fazer tudo isso, apenas para se sentir viva, como uma adolescente normal.
Dizer que um romance onde um dos protagonistas tem câncer não está nem perto de ser original. Mas no mundo de hoje alguém realmente consegue ser original? Sim, dificilmente alguém realiza essa proeza. Não é o caso do filme que eu estou falando, porque “Now Is Good” pode ser facilmente lembrando e comparado com outro filme. Dois exemplos simples e rápidos: “Inquietos”, que tem Mia Wasikowska como protagonista, e o antigo e quase épico “Um Amor Pra Recordar” do Nicholas Sparks.
É um câncer, é o maior medo da humanidade, mas mesmo assim ver como Tessa se porta durante toda história te dá alguma esperança de que nem o pior mal tem poder suficiente pra te derrubar se você não se permite cair. Não consegui ficar sem imaginar se realmente é possível que pessoas em tal situação consigam aproveitar cada dia e cada momento de suas vidas. É quase frustrante, assistir todo o filme e alimentar lá no fundo aquela esperança de que tudo vai dar certo, quando você já sabe e tem plena certeza de que no final nada tem jeito. Mais frustrante ainda é saber que isso poderia ser real.


Tessa é realmente forte, uma em um milhão. Talvez tenha sido isso que me fez ter mais vontade ainda de acompanhar atenciosamente o filme. Embora ela afirme ver seu namorado Adam como sua salvação, dificilmente ela põe sua vida completamente nas mãos dele. Embora ela seja a doente da história, ele consegue lidar melhor com sua doença a ponto de ser forte por ela, que aceita que não tempo muito tempo. É forte por seu pai, que não faz a mínima ideia de como lidar com a ideia de perder a filha. É forte pelo seu namorado que por mais que tente, talvez não esteja pronto para enfrentar algo que irá tirá-la dele.
Dakota Fanning, princesa, um show de atuação.
O filme tem uma série de cenas marcantes, e a historia, apesar de não ser algo que não estamos acostumados a ver no cinema e na televisão, vale a pena ser acompanhada por vários aspectos.
No fim das contas, a mais importante lição que Tessa tem a nos ensinar é a de que “A vida é uma série de momentos. Deixe eles irem. Deixe todos eles irem.”
O trailer do filme segue abaixo.

Um comentário:

  1. Chorei muito mesmo lendo esse livro..realmente muito tocante. Conforme vamos lendo,nos apegamos a Tessa e as pessoas que convivem com ela,e então quando ela morre,é como se uma amiga sua tivesse morrido,o que é horrível e extremamente triste.Fiquei de luto ao terminar de ler. Recomendo a todos,porque nos ensina a dar mais valor a vida,a quem nos ama e aos pequenos momentos.

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