29 de nov. de 2010

Aquele que não tinha nada para oferecer e não esperava que nada lhe fosse oferecido

Nunca a abandonaria.
Também esperava nunca ser abandonado.
Mas não a abandonaria por falta de amor,
Não a abandonaria por pura dependência sentimental.

Nunca a esqueceria.
Também esperava nunca ser esquecido.
Mas não a lembraria por amor,
Lembraria dela apenas por ser a única beleza predominante em suas memórias.

Nunca a deixaria solta no mundo.
Também esperava ser guardado em algum canto.
Mas não a guardaria em seu coração,
Guardaria em um local visível da sua estante, como um troféu.

Nunca amaria.
Também esperava não ser amado.
Mas não a amaria pelo fato dela ter defeitos,
Não amaria por ter medo de ser abandonado, esquecido, deixado no mundo.

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