6 de jul. de 2012

Adeus, a Deus

Era só mais uma noite. Mais uma única noite. Tudo seria diferente, tudo seria mais interessante com uma companhia. Não uma companhia qualquer, a companhia certa. Aquela noite cheirava tristeza. Folhas e mais folhas pareciam cadáveres no chão. O asfalto se misturava com o negro da noite
"Adeus" ele disse para ela.
"A Deus" ela pediu para que ele ficasse.
A vontade era de correr atrás, mas não, suas pernas não a deixaram fazer isso. Sua voz não era forte o suficiente para sequer susurrar por ajuda. Nada poderia piorar aquele dia. Nem o choro engasgado na garganta ou a angústa no peito.
O que iria acontecer desse momento em diante?
O que seria dela?
Se apenas tentasse superar o que aconteceu ela não precisaria dizer que isso foi "O" acontecimento. Poderia dizer que só foi mais um simples acontecimento.

Agora estava só. Dali pra frente, ele era dona de si.
Depois de um adeus, entregue a Deus.

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